Descei sobre o meu leito de paixões indizíveis

Desça do seu altar de beleza cândida sobre meu leito querida, este leito que é forrado com os lençóis incendiados da paixão sensual. Nele podemos nos incendiar nas chamas de nossa volúpia que de tão grande, não há palavras existentes em um dicionário que possam descrevê-la, com perfeita exatidão.

Nesse incêndio de um fogo luxurioso e devastador, desejo transpirar bicas de suor envolvido em suas mãos bem aventuradas, em seus braços de mulher tão cobiçada pelo meu coração de homem rendido a sua humana e divina feminilidade.

Pouse maciamente sobre meu leito, oh minha dulcíssima e branca pomba e faça-me voar contigo em suas asas de fantasias e taras de sensações indizíveis. Estenda seu corpo de mil e deliciosos deleites sobre o meu e enrosque-se nele, como se tu fosses uma serpente mística, vinda de paraísos astrais pronta para injetar em minha corrente sanguínea o doce veneno dos teus múltiplos orgasmos.

Dá-me de beber de tua infinita e indescritível luxuria, fazendo-me sorve-la em minha boca, tomando com ela de seus mamilos de bicos eretos, experimentando com minha língua de suas auréolas rosadas e de uma geometria redonda perfeita. Deixe-me ouvi-la gemer alto, que em meus ouvidos cheguem suas palavras enlouquecidas de um prazer descomunal.

E que finalmente deitado sobre o cálice ardente de seu útero, eu possa despejar em seu interior, após soltar de dentro de minha garganta um urro de um gozo animalesco, torrentes libidinosas de minha seiva adônica.

ELTON SIPIÃO O ANJO DAS LETRAS.

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